terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"Poesia", de Carlito Azevedo





Descanso para os beletristas
labuta para os concretistas
sã: dizem os árcades
vã: gravam nas lápides
sonho dos surrealistas
fúria dos dadaístas
(recitam ginasianos
a dos parnasianos)
azul para os simbolistas
“azar dos verdam arelistas”
está no Cântico dos Cânticos
absinto dos românticos
brasão dos ufanistas
Brasil dos m odernistas
labirinto dos barrocos
(eles tantos e ela de tão poucos)


In: AZEVEDO, Carlito. Collapsus linguae. Rio de Janeiro: Lynx, 1991, p. 42.

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